Plano de Ecoturismo define ações no
Amazonas
No Amazonas tudo soa grande,
genuinamente amazônico. Rios amplos e caudalosos, cujas margens nem se permitem
enxergar. Ilhas incontáveis, paisagens naturais diversificadas, lagos igarapés
e cachoeiras. A vida selvagem ao alcance da mão na maior área protegida do
mundo.
Voltado
para essa realidade, o Amazonas já tem um Plano de Desenvolvimento de
Ecoturismo para o Estado. O Plano foi apresentando oficialmente durante a
solenidade de instalação do Conselho Estadual de Turismo do Amazonas. O Plano
de Desenvolvimento de Ecoturismo no Amazonas foi elaborado pela Amazônia
Consultoria e Assessoria Ltda e envolve os 14 municípios que fazem parte do
Estado. O estudo tem como objetivo definir as ações, orientar a tomada de
decisões e estabelecer as prioridades de investimentos para o seguimento.
O trabalho
está dividido em quatro volumes – Constextualização Global do Pólo de
Ecoturismo no Estado do Amazonas; Diagnóstico e Estratégias Municipais para o
Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo do Estado; Estudo Econômico e Roteiros
Ecoturísticos e Modelos de Gestão; Diretrizes e Estratégias para o
Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo no Estado.
Ecourismo
– O Amazonas, o mais extenso Estado da
Amazônia brasileira, possui uma área de 1.57 milhões de quilômetros quadrados, tem
nas águas de seus rios, na pluralidade de paisagens naturais e na
biodiversidade seus grandes atrativos ecoturísticos. É pioneiro na instalação
de empreendimentos hoteleiros no meio da floresta – os chamados ecolodges, ou
hotéis de selva – modalidade turística que levou o Amazonas a ser eleito pelo
governo federal como o Estado Referência para o Ecoturismo no Brasil.
Tendo
como portão de entrada a capital Manaus, são 14 os municípios selecionados pelo
Amazonas para compor seu pólo ecoturístico. Além de Manaus, estão inseridos no
pólo Autazes, Barcelos, Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Novo
Airão, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves, Santa
Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. A maior parte desses municípios
está concentrada nas margens dos três maiores rios da Amazônia: o Negro, o
Solimões e o próprio Amazonas.
O pólo
amazonense tem também como marca uma grande concentração de unidades de
conservação formando a maior área protegida do planeta (5,7 milhões de
hectares), como o Parque Estadual do Rio Negro, a Reserva Ecológica
Sauim-Castanheira, a Estação Ecológica das de Anavilhanas e o Parque Nacional
do Jaú, transformado no Patrimônio Natural da Humanidade – formando uma das
maiores áreas protegidas de florestas tropicais do mundo.
A cerca
de 10 km d e Manaus, ocorre um dos grandes espetáculos naturais da Amazônia: o
encontro das águas escuras do rio Negro com as águas barrentas do Solimões, que
fluem por cerca de sete quilômetros antes de se misturarem, onde a observação
de aves e botos é são atrativos adicionais.
Ainda
próximo a capital, rio Negro acima, está o arquipélago de Anavilhanas, um
paraíso para biólogos e ecologistas, composto por cerca de 400 ilhas, centenas
de lagos e igarapés, ricos em espécies animais e vegetais. É considerado um
paraíso para conservacionistas. O regime de cheia do rio condiciona a vida
selvagem no arquipélago: durante as cheias, de novembro a abril a julho, apenas
metade das ilhas ficam visíveis, se transformando em refúgios para a vida
animal. Quando as águas baixam, as ilhas submersas reaparecem e, com elas,
volta à cena uma imensa variedade de animais, facilmente observáveis.
Banhados
pelo rio Negro, Novo Airão e Barcelos têm em comum parte de seu território
ocupado pelo Parque Nacional do Jaú e a histórica ruína de Airão Velho
resquício dos primórdios da ocupação européia na região. Seus inúmeros igarapés
e lagos, que formam paisagens idílicas e singulares, e suas festas religiosas
são atrativos extras. Ainda em Barcelos, encontramos a maior cachoeira do
Brasil – na Serra do Araçá – com 396 m de salto e o maior arquipélago fluvial
do mundo – Mariuá, com 1.700 ilhas.Também banhados pelo rio Negro, Santa Isabel
do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira são os municípios mais distantes da
capital, os quais abrangem em seus territórios e estão próximos ao Parque
Nacional do Pico da Neblina, onde estão os dois pontos mais elevados do
território brasileiro – o próprio Pico da Neblina e o Pico 31 de Março.
Os
municípios de Autazes, Careiro, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo são os
únicos do pólo que estão fora da influência direta dos três grandes rios
amazonenses. Situado as margens da rodovia BR 174 que liga Manaus à Boa Vista
(RR), e distante dista 107 km da capital. Presidente Figueiredo tem como
atrativos rios encachoeirados, cavernas e sítios arqueológicos. Os demais
municípios – Silves, Manacapuru, Careiro da Várzea, Iranduba e Itacoatiara –
acolhem unidades de conservação em seus territórios, como lagos, rios e
igarapés de grande beleza.
Além
dos atrativos naturais, o Amazonas exerce culturalmente, enorme fascínio e
encanto em função das inúmeras lendas e mitos oriundos de seus habitantes
indígenas. Representa ainda a maior congregação da diversidade étnica do país e
conseqüentemente a lingüística, perfazendo aproximadamente 300 etnias
distintas, inclusive com grupos ainda sem contato com a civilização.
Como
chegar – O aeroporto internacional de
Manaus recebe diariamente uma média de 50 vôos, provenientes de várias capitais
brasileiras e do exterior. O tempo de duração do vôo entre Brasília e Manaus é
de aproximadamente 3 horas. A capital recebe também barcos e navios vindos
procedentes de cidades da região e de diversos países. Embora as cidades os
municípios que integram o Pólo Ecoturístico do Amazonas sejam servida por
empresas aéreas regionais, o transporte fluvial é a modalidade predominante. No
entanto, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo e Itacoatiara tem
seu acesso facilitado por rodovias federal e estadual. Podem ser alcançadas por
estradas que partem de Manaus.
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