segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Plano de Ecoturismo define ações no Amazonas

 

No Amazonas tudo soa grande, genuinamente amazônico. Rios amplos e caudalosos, cujas margens nem se permitem enxergar. Ilhas incontáveis, paisagens naturais diversificadas, lagos igarapés e cachoeiras. A vida selvagem ao alcance da mão na maior área protegida do mundo.
 


Voltado para essa realidade, o Amazonas já tem um Plano de Desenvolvimento de Ecoturismo para o Estado. O Plano foi apresentando oficialmente durante a solenidade de instalação do Conselho Estadual de Turismo do Amazonas. O Plano de Desenvolvimento de Ecoturismo no Amazonas foi elaborado pela Amazônia Consultoria e Assessoria Ltda e envolve os 14 municípios que fazem parte do Estado. O estudo tem como objetivo definir as ações, orientar a tomada de decisões e estabelecer as prioridades de investimentos para o seguimento.

O trabalho está dividido em quatro volumes – Constextualização Global do Pólo de Ecoturismo no Estado do Amazonas; Diagnóstico e Estratégias Municipais para o Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo do Estado; Estudo Econômico e Roteiros Ecoturísticos e Modelos de Gestão; Diretrizes e Estratégias para o Desenvolvimento do Pólo de Ecoturismo no Estado.

Ecourismo – O Amazonas, o mais extenso Estado da Amazônia brasileira, possui uma área de 1.57 milhões de quilômetros quadrados, tem nas águas de seus rios, na pluralidade de paisagens naturais e na biodiversidade seus grandes atrativos ecoturísticos. É pioneiro na instalação de empreendimentos hoteleiros no meio da floresta – os chamados ecolodges, ou hotéis de selva – modalidade turística que levou o Amazonas a ser eleito pelo governo federal como o Estado Referência para o Ecoturismo no Brasil.

Tendo como portão de entrada a capital Manaus, são 14 os municípios selecionados pelo Amazonas para compor seu pólo ecoturístico. Além de Manaus, estão inseridos no pólo Autazes, Barcelos, Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. A maior parte desses municípios está concentrada nas margens dos três maiores rios da Amazônia: o Negro, o Solimões e o próprio Amazonas.

O pólo amazonense tem também como marca uma grande concentração de unidades de conservação formando a maior área protegida do planeta (5,7 milhões de hectares), como o Parque Estadual do Rio Negro, a Reserva Ecológica Sauim-Castanheira, a Estação Ecológica das de Anavilhanas e o Parque Nacional do Jaú, transformado no Patrimônio Natural da Humanidade – formando uma das maiores áreas protegidas de florestas tropicais do mundo.

A cerca de 10 km d e Manaus, ocorre um dos grandes espetáculos naturais da Amazônia: o encontro das águas escuras do rio Negro com as águas barrentas do Solimões, que fluem por cerca de sete quilômetros antes de se misturarem, onde a observação de aves e botos é são atrativos adicionais.

Ainda próximo a capital, rio Negro acima, está o arquipélago de Anavilhanas, um paraíso para biólogos e ecologistas, composto por cerca de 400 ilhas, centenas de lagos e igarapés, ricos em espécies animais e vegetais. É considerado um paraíso para conservacionistas. O regime de cheia do rio condiciona a vida selvagem no arquipélago: durante as cheias, de novembro a abril a julho, apenas metade das ilhas ficam visíveis, se transformando em refúgios para a vida animal. Quando as águas baixam, as ilhas submersas reaparecem e, com elas, volta à cena uma imensa variedade de animais, facilmente observáveis.

Banhados pelo rio Negro, Novo Airão e Barcelos têm em comum parte de seu território ocupado pelo Parque Nacional do Jaú e a histórica ruína de Airão Velho resquício dos primórdios da ocupação européia na região. Seus inúmeros igarapés e lagos, que formam paisagens idílicas e singulares, e suas festas religiosas são atrativos extras. Ainda em Barcelos, encontramos a maior cachoeira do Brasil – na Serra do Araçá – com 396 m de salto e o maior arquipélago fluvial do mundo – Mariuá, com 1.700 ilhas.Também banhados pelo rio Negro, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira são os municípios mais distantes da capital, os quais abrangem em seus territórios e estão próximos ao Parque Nacional do Pico da Neblina, onde estão os dois pontos mais elevados do território brasileiro – o próprio Pico da Neblina e o Pico 31 de Março.

Os municípios de Autazes, Careiro, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo são os únicos do pólo que estão fora da influência direta dos três grandes rios amazonenses. Situado as margens da rodovia BR 174 que liga Manaus à Boa Vista (RR), e distante dista 107 km da capital. Presidente Figueiredo tem como atrativos rios encachoeirados, cavernas e sítios arqueológicos. Os demais municípios – Silves, Manacapuru, Careiro da Várzea, Iranduba e Itacoatiara – acolhem unidades de conservação em seus territórios, como lagos, rios e igarapés de grande beleza.

Além dos atrativos naturais, o Amazonas exerce culturalmente, enorme fascínio e encanto em função das inúmeras lendas e mitos oriundos de seus habitantes indígenas. Representa ainda a maior congregação da diversidade étnica do país e conseqüentemente a lingüística, perfazendo aproximadamente 300 etnias distintas, inclusive com grupos ainda sem contato com a civilização.

Como chegar – O aeroporto internacional de Manaus recebe diariamente uma média de 50 vôos, provenientes de várias capitais brasileiras e do exterior. O tempo de duração do vôo entre Brasília e Manaus é de aproximadamente 3 horas. A capital recebe também barcos e navios vindos procedentes de cidades da região e de diversos países. Embora as cidades os municípios que integram o Pólo Ecoturístico do Amazonas sejam servida por empresas aéreas regionais, o transporte fluvial é a modalidade predominante. No entanto, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo e Itacoatiara tem seu acesso facilitado por rodovias federal e estadual. Podem ser alcançadas por estradas que partem de Manaus.

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